sexta-feira, 29 de julho de 2011

Faltam investidores para reactivar as Termas de Balsamão

Por: Sara Geraldes

A reactivação da Termas da Abelheira, em Balsamão, Macedo de Cavaleiros só poderá ser feita com recurso a investidores.O Instituto Piaget mostra-se disponível para colaborar mas alerta que o projecto só poderá avançar através de parcerias.  “O investimento teria de ser conjunto, não poderia passa só pelo Instituto Piaget” defende Elisa Dias, responsável pela Escola Superior de Saúde do Piaget de Macedo, acrescentando que “nós estamos receptivos a participar e a colaborar da forma que lhe for possível, mas carece de outros investidores uma vez que tem de ser feito investimento ao nível de infra-estruturas e que é bastante considerável”.

A existir colaboração com o Convento de Balsamão, a instituição de ensino contribuiria ao nível dos recursos humanos.“O nosso investimento seria na área da formação porque é para isso que nós estamos vocacionados e a esse nível nós estamos receptivos a colaborar na qualificação dos recursos humanos” explica, salientando: “em relação a outro tipo de investimentos tudo dependerá das iniciativas que possam surgir não apenas nossas, mas conjuntas”.

O Instituto Piaget já ministrou um Curso EFA em termalismo e vai ter uma pós-graduação na área já a partir do próximo ano lectivo. A responsável explica que “é em regime pós-laboral e com a duração de um ano. Destina-se a licenciados em fisioterapia, gestão e turismo também abara profissionais que já exerçam funções em estâncias termais”. As candidaturas a esta pós-graduação já estão abertas e prolongam-se até 15 de Outubro.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

RedBurros promete atrair mais de 3 mil pessoas

Por: Sara Geraldes
No próximo sábado a vila de Mogadouro volta a ver os céus invadidos pelo Festival RedBurros Fly-In. O vice-presidente da autarquia, responsável pelo evento, revela que o objectivo é melhorar cada vez mais o festival, tornando-o num evento de referência. Para este ano esperam-se mais de 3 mil pessoas, número alcançado na primeira edição.
“Essa é a nossa tentativa: repetir o sucesso da primeira edição, aumentando se possível. À medida que as edições vão correndo queremos que se afirme ainda mais este tipo de iniciativa e que possamos ter maior visibilidade para o exterior e que e que o evento se torne com um dinâmica própria e também muito grande”.
 João Henriques revela aquilo que os visitantes podem esperar do evento.
“Podem esperar muito espectáculo. Á imagem do ano anterior vamos ter uma quantidade de bons pilotos… os melhores pilotos nacionais a fazerem acrobacia aérea. Vamos ter demonstração daquilo que se pode fazer em planador e outras demonstrações… Vamos ter uma quantidade enorme de espectáculo, em que os olhos não vão sair dos céus de Mogadouro”.
O vereador descreve aquele que considera ser um “evento único no nordeste transmontano”.
“O Festival decorre no próximo sábado a partir das 14 horas até às 18 horas. Começa com pára-quedistas. Vamos ter a primeira piloto feminina de acrobacia aérea, a Diana Gomes da Silva a fazer o espectáculo de acrobacia excelente que sabe fazer. É mais uma atracção para trazer as pessoas a Mogadouro, para que possam presenciar um espectáculo único no Nordeste Transmontano”.
No festival não podiam faltar os passeios de burro, como o próprio nome indica.
O nome surge também porque no Azinhoso, onde está o aeródromo também é muito conhecido pela feira dos burros. Neste propósito vamos também ter gente que estará com os seus burros para que se possam fazer pequenas demonstrações de passeios de burro para que se possa anima este evento”.
Em simultâneo, decorre até sexta-feira o Primeiro Encontro de Voo à Vela organizado pelo Centro Internacional de Voo à Vela do Município de Mogadouro.
“Durante esta semana há um encontro amigável de voo planado para os aficionados de voo à vela já que funciona no aeródromo de Mogadouro o Centro Internacional de Voo à vela com o patrocínio do município. Decidimos este ano fazer um convite a todos aqueles que têm licença de planador para que possam vir junto de nós fazer aquilo que mais gostam de fazer que é o voo planado”.  
A 2ª edição do Festival RedBurros Fly-in conta com um orçamento de 25 mil euros. Decorre no Aeródromo Municipal de Mogadouro no próximo sábado, 30 de Julho

Clube Atlético já regressou ao trabalho

Por: Sara Geraldes
O Clube Atlético de Macedo de Cavaleiros já regressou ao trabalho. O plantel vai contar nesta época com 21 jogadores. Ao todo são nove, as novas caras do clube. Ontem foram apresentadas apenas sete. As restantes duas estão ainda em negociações. Confirmados estão o trinco Zé Tiago, ex-Candal e ex-Moncorvo. O guarda-redes Pedro Fernandes, natural de Vila Real e ex-Sertanense, também da II divisão. Os avançados Jony, ex-Caniçal e André Rateira, ex Aliados Lordelo. Na defesa, as novidades são Ricardinho, ex-Melgasense, João Pedro, ex Leça e Solas, ex- Fiolhoso.
Na equipa técnica continua Rui Vilarinho como 1º treinador, Quintino Angélico como segundo e Beto Silvestre em terceiro. Rui Vilarinho considera que as alterações para a época 2011/2012 são estruturantes.
“ São alterações estruturantes. 50% da equipa vai mudar em todos os sectores. Onde há menos alterações é na linha defensiva, em tudo o resto vai haver bastantes alterações”.
Apenas 3 jogadores de Macedo vão fazer parte do plantel deste ano. Rui Vilarinho refere que, apesar de o clube apostar em jogadores da terra, têm que ter qualidade para estar na II Divisão.
“Nós queremos sempre apostar em pessoas da terra, desde que as pessoas da terra tenham condições para jogar a este nível. Têm que ter potencial. Têm que ter qualidade. O clube aposta na formação há muito tempo mas não surgem sempre valores como nós queremos para poder alinhar nesta Divisão. Se surgirem 10 com qualidade aqui em Macedo, garanto-lhe que nós apostamos nos 10. Se não surgir nenhum, não apostamos em nenhum… Estes três moços têm condições, porque já andam aqui há muito tempo, e nós achamos que têm condições para integrar o plantel. E irão vir outros, Espero que ae gerem mais ainda. Os três jogadores que vão integrar já é o Zé, o Lino e o Rafael. E, provavelmente, vão vir treinar ainda ex-juniores recentes do Macedo”.
Na época anterior, o Macedo ficou em em 6º lugar. Por isso é essencial a manutenção na II Divisão. Para tal devem contribuir os novos jogadores. Zé Tiago, ex Moncorvo, estreia-se nesta divisão. Confessa que vai ser uma época bastante competitiva e exaustiva.
“Vou tentar dar muitas alegrias e vou-me esforçar ao máximo para dar o meu melhor. Tentar fazer o melhor possível, andar sempre no campeonato tranquilo. De resto, não haver lesões que é o mais importante. È um campeonato muito competitivo e exaustivo, quando chegar o Inverno ainda pior… Mas estamos aqui para isso. É a primeira vez que jogo na II Divisão”.
Corunha está de regresso depois de uma curta passagem pelo plantel da Covilhã. O jogador sente-se injustiçado pelo facto de ter sido dispensado. E contraria algumas notícias que surgiram na comunicação social.
“Aquilo que eles disseram aos jornais é tudo mentira. Eu assinei contrato. A seguir fiz o estágio com eles e quando acabou o estágio o director desportivo ligou-me para tentar uma reunião com ele. Disse-me que andava em guerra com o treinador e queria outro central. A partir daí só tive que acatar as decisões do director e vim-me embora”.
A direcção revela que o orçamento para esta época deve rondar 250 mil euros. Quanto à comparticipação da autarquia, diz não ter ainda conhecimento do valor a atribuir. No entanto, os dirigentes garantem que a verba deve sofrer um corte entre os 6 e os 10%, sendo por isso inferior aos 210 mil euros da época passada. No dia 19 de Agosto a equipa será apresentada aos sócios frente ao Chaves.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Dia dos avós

Por: Sara Geraldes*
Hoje, 26 de Julho comemora-se o Dia Mundial dos Avós. a Onda Livre presta homenagem a todos os avós. Saímos à rua para tentar perceber como os macedenses celebram este dia.
Maria do Nascimento Santos para além de ser avó, é florista em Macedo de Cavaleiros e conta-nos que a procura das flores neste dia também é uma realidade.
“Por acaso tenho um ramo na mão para oferecer a uma avó. Sou avó de uma menina e de um menino. É uma sensação muito boa”.
Neste dia os netos aproveitam para homenagear os avós. É o caso de Luís Martins que comprou um ramo de flores para a avó e aproveitou ainda para deixar uma mensagem especial.
“ Este ramo é para oferecer hoje à minha avó. Chama-se Maria de Fátima e vive em Vale Prados. Queria deixar um beijinho muito especial, se me estiver a ouvir já sabe que vai receber uma prenda minha hoje”.
Na rua encontramos ainda a Dona Guiomar que nos conta que tem 14 netos.
“Se lhe digo quantos netos tenho, até fica assustado! Tenho 14. E quatro bisnetos. Sou muito amiga deles, gosto muito deles”.
Cada vez mais as avós se adaptam aos tempos modernos. Isabel tem 4 netos e considera-se uma avó actual. Por isso encontra-se a tratar da imagem num salão de beleza.
“Costuma-se dizer que quando se é avó se é velha mas eu não me considero. Considero-me jovem e uma avó com muita sorte. Estou a fazer unhas de gel”.
Já numa pastelaria encontramos a Dona Delfina que considera a neta como uma filha e nos conta as experiências que partilha com ela.
“Somos como mãe e filha. Estive lá em França dois anos ao pé deles e ia sempre buscar a minha neta mais pequenina à escola. Ela queria que a fosse buscar e dizia sempre na escolinha que era eu que a ia buscar. Tinha muito orgulho em mim e eu nela. Brinco com a minha neta, salto à corda, jogo à bola, faço tudo com ela”.
Várias histórias com um sentimento comum: o amor que une avós e netos
* com Rui Costa

Balanço positivo para Macedo no 5º Inter-clubes de Pesca

Por: Sara Geraldes
António Oliveira, presidente do Clube de Caça e Pesca de Macedo de Cavaleiros faz um balanço positivo do 5º Inter-clubes de Pesca Desportiva 2011. Terminado o campeonato, os pescadores reuniram-se no sábado num jantar convívio onde foram oficialmente entregues os prémios pela vereadora da cultura. Ao longo do circuito, 16 participantes arrecadaram diversos prémios num total de 72 pescadores de toda a região. António Oliveira considera mesmo que o clube mais representativo foi o de Macedo.
“Tivémos 16 participantes neste campeonato Inter-clubes, sendo o Clube de Caça e Pesca de Macedo de cavaleiros o mais representativo. Tivémos o primeiro lugar na 2ª categoria com o Rogério Costa. Em equipas, ficámos em 4º, 5º e 6º lugar, o que é muito bom em 13 equipas”.
Em primeiro lugar na 1ª categoria ficou Carlos Pinto de Moncorvo. Nesta categoria Macedo é representado por Armando Silva que ficou em 5º lugar. Na segunda categoria o Macedense Rogério Costa arrecadou o primeiro prémio. Revela que desde muito cedo se interessou pela pesca competitiva.
“Tenho 64 anos. Ainda cheguei a levar tareia porque em vez de ir para a escola, fazia folga e ia para a pesca… Isto com 6 ou 7 anos… Sempre tive um fraquinho pela pesca. E comecei a entrar na competição porque dava outro sentido. Na competição encontram-se pessoas muito mais sabidas, muito mais avançadas que nós e estamos sempre a aprender”.
Rogério Costa conta que neste circuito de Inter-clubes foi o pescador que mais quilos de peixe pescou num dia. Um gosto que transmitiu também ao seu filho.
“Este ano no Inter-Clubes fui o pescador que fez a maior quantidade, em peso, num dia de pesca. Fiz 2 quilos e 140 gramas numa prova e ninguém chegou aos dois quilos. O meu filho é um seguidor mas agora está em Espanha. Mas lá continua. Ele com 6 anos de idade, já não me chateava a mim: preparava uma cana e ia à pesca. Cada dia que eu ia à pesca, se não o levasse, havia choro. Então disse-lhe: “vais mas não me chateias, tens que saber preparar tudo”. E ele em três dias aprendeu a fazer tudo”.
Na categoria de jovens foi João Campos, de Sabrosa que arrecadou o primeiro lugar. Macedo ficou representado por Marta Gonçalves. Para além do 3º lugar nesta categoria, a jovem ficou ainda em 2º lugar na categoria de senhoras. Com apenas 11 anos conta como surgiu o gosto por este desporto.
“O meu pai e o meu avô já andam no Inter-clubes há muito tempo. E o meu pai um dia disse-me para experimentar. E eu ia indo… o primeiro concurso que eu fiz foi em Mogadouro… comecei a gostar e pedi ao meu para continuar. Hoje tenho aqui pelo menos sete prémios para receber”.
O 5º Circuito Inter-clubes de Pesca Desportiva termina com Macedo em 5º lugar na equipa A, 4º lugar na equipa B e 6º lugar na equipa C. O próximo Circuito é só para o ano. Até lá, o clube vai desenvolvendo outras actividades.

Encontro de Gerações atraiu cerca de duas mil pessoas ao Santuário de Santo Ambrósio

Por: Sara Geraldes
Convívio e reencontro de amigos e familiares. Duas características que marcaram o Encontro de Gerações que decorreu ontem em Vale da Porca, Macedo de Cavaleiros. Nesta altura do ano são já muitos os emigrantes que regressam ao Nordeste transmontano e que aproveitaram também o dia de ontem para reencontrar amigos e conviver com os familiares.
“Estamos cá de férias, viémos da Suíça. Costumo vir aqui todos os anos. Estou a gostar da familiaridade entre as pessoas. Há pessoas que eu já não conheço. Já estou há 22 anos na Suíça. Uma pessoa chega aqui e já não conhece ninguém”, revela Fátima Vieira.
“Estou a gostar. Sou emigrante em França. A nossa casa aqui é em Salselas. Quando estamos aqui, mesmo que não haja festa, viemos cá visitar o santinho”, conta António Paulos. E a esposa, Maria Cândida acrescenta: “Encontrei gente da minha terra mas há por aí muita gente, até mesmo vizinhos, que eu já não conheço”.
Maria Campos veio com os familiares, alguns deles também emigrantes e espera que a iniciativa se repita mais vezes."É tradição e acho que é um convívio bonito onde a gente se pode encontrar, divertir e ter outros conhecimentos. Trouxe a família quase toda, tenho cá bastantes cunhadas que vêm da Suíça e a minha sogra também, que vem todos os anos. Uma pessoa não pode perder estas qualidades que temos aqui em Portugal. Infelizmente, começam-se a perder muitas. Espero bem que aqui o Santo Ambrósio seja sempre um lugar de convívio onde vem gente de muitas aldeias”.
A parte religiosa também trouxe muitas pessoas ao local, é o caso de Céu Martins e Fátima Braz que vieram de Podence e de todo o programa, gostaram mais de assistir à missa campal no Santuário de Santo Ambrósio.
“Já é a segunda vez que venho aqui porque gosto. Vem a gente a distrair-se… Aquilo que gostei mais foi da missa”, afirma Céu Martins.
“Já cá vim muitas vezes, não só a este convívio mas também à festa de Santo Ambrósio. Gosto muito daqui vir. Já comecei a vir cá de garota, vinha com a minha mãe”, recorda Fátima Braz.
Depois da missa seguiu-se uma tarde com muita animação com grupos culturais do concelho, convidados pela autarquia e pela Santa Casa da Misericórdia. A Rádio Onda Livre trouxe também artistas convidados e promoveu um convívio onde muitos ouvintes fizeram questão de marcar presença apesar da distância que separava alguns deles de Macedo de Cavaleiros. É o caso de Mário Nascimento, um participante assíduo dos programas da Onda Livre, que veio de São Mamede de Ribatua, distrito de Vila Real e concelho de Alijó.
“Vim de São Mamede de Ribatua. Lá da beira do Douro, da beira do Tua… onde confrontam três distritos: Vila Real, Bragança e Viseu. Vim com o meu irmão, em primeiro lugar porque já há muito tempo que falo para a Onda Livre e já há muito tempo que os conhecia, de outros tempos. E em segundo, porque tenho cá muitas pessoas amigas neste encontro. Oiço a Onda Livre todas as manhãs, excepto aos sábados. E só se não puder, senão contribuo sempre. Cantar até que a voz me doa…”.
Um dia de convívio e animação proporcionado este Domingo no Santuário de Vale da Porca em Macedo de Cavaleiros no Encontro de Gerações organizado pela autarquia, Santa Casa da Misericórdia e que contou com a colaboração da Rádio Onda Livre.

Coordenador Técnico da Geração Futsal é transmontano e possui um vasto currículo

Por: Sara Geraldes

Natural de Mogadouro, Fernando Oliveira é Licenciado em Educação Física e Desporto na opção de Futsal, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) e pós-graduado em análise de jogos. Começou como estudante de Opção de futsal a orientar a equipa de Juniores da AAUTAD, depois integrou a equipa técnica como treinador-adjunto de Tiago Polido na 1ª Divisão Nacional. Na temporada seguinte foi novamente treinador-adjunto na reformulada AAUTAD/Realfut na 2ª Divisão Nacional. No mesmo ano exerceu ainda o cargo de Treinador da equipa Universitária da AAUTAD. Sucedeu-se o Sporting Clube de Braga onde foi Treinador - Adjunto de André Teixeira na 2ª Divisão Nacional. Na temporada seguinte regressou a Vila Real novamente à AAUTAD/Realfut como Treinador - Adjunto de Fernando Parente na 1ª Divisão Nacional. O ponto mais alto da sua carreira deu-se com a ida para Itália, para o Arzignano - Grifoo equipa profissional da 1ª Divisão Italiana onde encontrou novamente Tiago Polido. Desempenhou a função de Treinador da equipa de Juniores e treinador de Guarda-Redes da equipa principal onde trabalhou com Alexandre Feller, titular da baliza da selecção Italiana e um dos melhores do mundo na posição de Guarda-Redes.
Em Itália foi vencedor da Taça Italiana mas o sonho do profissionalismo chegou ao fim de meia época, na altura em que a equipa se encontrava no 2º Lugar do campeonato, uma grave crise financeira abateu a o que levou também à saída da equipa técnica do clube. De regresso a Trás-os-Montes, Fernando Oliveira integrou a equipa técnica do Mogadouro, vila onde foi também foi professor de Educação Física. Agora é o escolhido para coordenar a equipa técnica da recém-apresentada academia macedense Geração Futsal.

Fonte: Grupo Desportivo de Mogadouro

Academia Geração Futsal promete ser um exemplo a nível nacional

Por: Sara Geraldes
A Academia Geração Futsal do Grupo Desportivo Macedense tem tudo para ser um bom exemplo a nível regional e nacional. É esta a opinião partilhada por quem esteve na apresentação do projecto na passada sexta-feira, como é o caso do próprio seleccionador nacional. Jorge Braz salienta que esta zona do país sempre teve uma ligação ao futsal e que a academia está no bom caminho para se tornar  num exemplo a nível nacional.
“Temos uma série de equipas a apresentarem qualidade no panorama do futsal nacional e que fazem parte do interior do país. Esta região sempre teve essas equipas, parece-me a mim, claramente, devido a algumas apostas que houve nos anos anteriores. Temos aqui excelentes exemplos. É possível ter sucesso, seja em que zona for. Têm é que ter qualidade, um determinado enquadramento e parece-me que eles têm isso. Serve de exemplo pela qualidade, pela paixão, pela organização, por um trajecto definido… Não pela especificidade ou como vão fazer… Mas enquadraram e estruturam muito bem a Geração Futsal. Desse ponto de vista é um claro exemplo para muitos clubes e muitas academias que existem pelo país abaixo”.
Jorge Braz recusa comparações com as Academias do Litoral, considerando que esta está bem adaptada à região onde se insere.
“Fazer comparações desse tipo às vezes nem tem grande sentido. São realidades distintas. O enquadramento é que é importante e isso parece-me que existe na Geração Futsal”.
Já na própria cidade de Macedo de Cavaleiros, a vereadora da Cultura e Desporto, Sílvia Garcia, não tem dúvidas de que esta academia é uma mais-valia para o concelho. Considera mesmo que já devia ter sido criada há mais tempo.
“Eu penso que o impacto para a cidade pode ser elevadíssimo. É um projecto que aposta, essencialmente, na formação dos nossos jovens. E é um projecto que já deveria ter sido implementado há muitos anos. Penso que todos os clubes deveriam seguir estas linhas orientadoras e a grande aposta deles não deveria ser, de forma nenhuma, nos seniores mas sim na formação dos nossos jovens”.
A Academia Geração Futsal pretende ser mais do que um projecto desportivo. Por isso, nem sempre o resultado final de um jogo é o mais importante, como explica o coordenador técnico da Academia, Fernando Oliveira.
“Este é um projecto que não é só desportivo. Pretende ser também social, educacional e queremos estar sempre atentos com a integração do desportista na sociedade. Numa fase inicial, nas etapas mais baixas, o resultado será “desprezível”. Como é óbvio ninguém gosta de perder, toda a gente quer ganhar, mas não será relevante. É mais relevante que eles se divirtam. Deixo até um desafio aos pais e encarregados de educação: se calhar a pergunta quando eles vierem de um jogo, não deve ser “ganhaste?”. Deve ser “divertiste-te?”. O projecto numa fase inicial é mais lúdico e numa fase final, o resultado já tem outra importância”.
Na vertente social é importante contar com o apoio de toda a cidade, explica Paulo Pinto, o presidente do Grupo Desportivo Macedense.
“Contamos com o apoio de todos, não só da direcção mas de todos os macedenses, para ter apoio neste projecto e sucesso no futuro. Porque acima de tudo trata-se também de um projecto para a cidade, um projecto não só a nível desportivo mas também social. O projecto pretende ser uniforme. Que permita que os jogadores desde as escolinhas até chegarem aos seniores já tenham “amor à camisola” e já tenham conhecimentos. Para quando chegarem à idade sénior poderem ser uma opção válida para essa mesma equipa”.
Tiago Polido, treinador do Marca futsal e campeão de itália, salienta que só existem duas equipas profissionais no Futsal português, por isso mais importante do que iludir os jovens é incutir-lhes valores.
“Falámos aqui da sustentabilidade que pode vir a ter o futsal nacional. Neste momento sabemos que só temos duas equipas profissionais e será muito difícil iludir os jovens no sentido de um dia mais tarde virem a ser profissionais do futsal. O fundamental neste momento é a ocupação dos jovens, promover e criar valores socioculturais que os ajudem a entrar no mercado de trabalho, na vida… a prepará-los para aquilo que serão as adversidades da vida… Eu penso que a vertente social é, sem sombra de dúvidas, a riqueza de um projecto desta envergadura”.
Treinos três vezes por semana, identidade, objectivos bem delineados, qualidade da equipa técnica… São algumas das características da Geração Futsal que fazem o seleccionador nacional, Jorge Braz, considerar que este é um projecto que tem tudo para ter sucesso.
“É um projecto que tem ideias, que tem um trajecto definido e isso é o mais importante na maioria das vezes. É uma organização que quer revelar uma determinada identidade, de uma região, de um clube…Revelam organização e qualidade. As pessoas que estão associadas são competentes, as ideias existem, o trajecto está definido… É uma análise extremamente positiva, com objectivos claros para a realidade e para aquilo que pretendem. Isso é um grande princípio para terminar bem, parece-me a mim”.
A academia Geraçaõ Futsal foi oficialmente apresentada e arranca já na próxima época.
E para a coordenação técnica da academia foi escolhido Fernando Oliveira. Um transmontano que, apesar de jovem, conta já com um vasto currículo nacional e internacional. Fernando Oliveira explica os motivos que o levaram a aceitar o cargo.
“O que motivou a aceitar este convite foi o enquadramento total com os objectivos a que se a direcção se propôs, e com os quais eu me identificava também. Decidi, dando o meu toque pessoal, aceitar este desafio e assinala-mos o “casamento”.
O coordenador técnico explica ainda porque motivo os treinos terão uma frequência de 3 vezes por semana, o que não é muito habitual.
“Não é muito normal. E além das três vezes eles podem treinar até cinco vezes por semana. É necessário criar a oportunidade de os jovens treinarem, de vivenciarem, de competirem uns com os outros para evoluírem. Três vezes por semana, se calhar para a conjuntura nacional, é um projecto pioneiro, há poucos clubes a fazê-lo. Normalmente treinam duas vezes por semana, começam tarde a época, de uma forma desorganizada… E aqui não queremos que isso aconteça”.
Para já a academia dispõe de 3 técnicos, metade dos necessários. A direcção do Grupo Desportivo Macedense garantiu à Onda Livre que até ao início da época a equipa técnica estará completa.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Santa Casa de Macedo disponibiliza serviço inovador

Por: Sara Geraldes

A Santa Casa da Misericórdia de Macedo de Cavaleiros está a receber idosos por curtos períodos de tempo de forma a proporcionar algum descanso aos seus cuidadores e permitir, por exemplo, que tenham férias.
A Santa Casa já tinha recebido vários pedidos destes, aos quais a instituição não podia dar resposta porque o Lar de Macedo estava lotado.
 Mas agora há essa possibilidade no outro Lar da Santa Casa inaugurado em Setembro do ano passado na aldeia do Lombo.
“Houve muita gente que me pedia para guardar os seus idosos para as pessoas poderem ir passar férias e não tinham onde os deixar mas nós não tínhamos possibilidades porque estamos sempre cheios e com lista de espera” explica o provedor. “Mas no Lombo há camas disponíveis e pudemos abrir esse serviço à população”.O período mínimo de permanência no lar é de 15 dias.
A instituição já tem alguns utentes nestas condições.

“O mínimo são 15 dias e depois é pelo tempo que acharem necessário” refere Castanheira Pinto, adiantando “já temos utentes a usufruir do serviço. Já temos dois e está previsto vir outro em Agosto”.O provedor considera que este é um serviço que fazia falta à população do concelho.
Eu acho que fazia muita falta porque havia pessoas que não podiam descansar porque não tinham onde deixar as pessoas que estão a cuidar” afirma.
O Lar do Lombo tem 55 camas das quais apenas 30 estão ocupadas.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Bombeiros de Macedo de Cavaleiros formam mais de 20 estagiários

Por: Miguel Midões

Duas dezenas de jovens estão a estagiar nos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros. Recebem formação na área dos primeiros socorros e de combate a incêndios.
No mínimo a formação é de um ano, uma vez que não é contínua.
Este número de jovens interessados em ingressar nos bombeiros é razoável, tendo em conta que alguns acabam por desistir pelo caminho.

O sonho de ser bombeiro é na maior parte das vezes incutido por um familiar. Os interessados continuam a chegar ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros e, depois de um largo período de formação, em que são apelidados de estagiários, e caso não desistam, passam à categoria de bombeiro voluntário.
A formação é por isso ajustada à vida de estudante ou profissional dos jovens e à vida do quartel. E, porque há sempre imprevistos, os módulos da formação são repetidos com alguma frequência para que não fiquem lacunas, refere o comandante dos Bombeiros, João Venceslau.

“Há sempre imprevistos, há sempre algo que surgiu anormal… Por causa disso é que muitas vezes a formação é repetitiva… De forma que aquele que não esteve presente hoje ou amanhã já tivesse tido esta formação e que, ao mesmo tempo não ficasse menos formado”.

Neste momento há 23 jovens em formação nos Bombeiros de Macedo.
Os cursos não abrem todos os anos, por isso os jovens interessados acabam por ingressar no quartel para verificar a sua verdadeira aptidão até à abertura das formações.
A vida de bombeiro é dura e alguns acabam por deixar o sonho esmorecer.

“Eles vão-se adaptando e vão-se habituando, neste caso ao tipo de serviço que a gente executa. Claro, é algo de grave e de mau que temos que enfrentar diariamente e muitos deles têm alguma dificuldade em ultrapassar e acabam por desistir naturalmente… Aquele primeiro ano que eles andam aí é um ano de adaptação… Aqueles que acaba, por permanecer mais de uma ano, com mais maturidade, acabam por ser inseridos nestas escolas”.

É o caso de Catarina Broco. Veio para os bombeiros de Macedo há cerca de três anos para perder um medo que tinha, conseguiu e ficou.

“Eu vim para os bombeiros essencialmente para perder o medo a sangue. Eu sempre tive pavor a sangue e era capaz de desmaiar por ver mesmo que fosse só um gota… Então aconselharam-me a vir para cá, que perderia o medo porque tinha sempre aquela coisa de querer ajudar alguém…”.

Já Rui Pedro respondeu ao chamamento do tio, inicialmente a contragosto. Mas foi ficando e a vontade crescendo.

“Ao início foi insistência do meu tio, que é bombeiro da casa. E começou por insistir e eu dizia que não… Mas algo me fez mudar de ideias e ingressei há cerca de três anos na instituição e até agora estou a gostar imenso de cá estar”.

Emergência Hospitalar, combate a incêndios, entre outros aspectos são abordados ao longo de um ano na formação dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros. Actualmente, o quartel tem 23 jovens em formação.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Diocese Bragança-Miranda tem novo bispo

Por: CIR

Já está nomeado o novo bispo da diocese Bragança-Miranda.O Padre José Manuel Cordeiro, de 44 anos, vai suceder a Dom António Montes Moreira.  O Papa Bento XVI nomeou como novo responsável máximo da igreja transmontana um padre que pertence ao clero desta diocese e é actualmente reitor do Pontifício Colégio Português em Roma. O anúncio foi feito hoje pela Santa Sé coincidindo com a renúncia ao governo pastoral da diocese transmontana do bispo D. António Montes Moreira, que a 30 de Abril de 2010 completou 75 anos, o limite de idade estabelecido pelo Direito Canónico para apresentação da resignação.

O padre José Manuel Cordeiro é o mais jovem elemento do episcopado católico português.Apesar de ter nascido em Angola tem naturalidade na aldeia de Parada, concelho de Alfândega da Fé, onde se estabeleceu com a família depois de ter regressado de África. Foi ordenado padre para a diocese de Bragança-Miranda em Junho de 1991, depois de ter concluído os estudos filosóficos e teológicos no centro regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa. Entre 1991 e 1999 foi pároco, formador no seminário da diocese transmontana e capelão do Instituto Politécnico de Bragança, e de 1999 a 2001 frequentou o Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, em Roma, obtendo a licenciatura em Liturgia, disciplina em que se doutorou no ano de 2004, naquele instituto. O futuro bispo foi vice-reitor do Pontifício Colégio Português, em Roma, entre 2001 e 2005, ano em que foi nomeado reitor desse estabelecimento, cargo que ocupava até hoje. Em 2004 iniciou a carreira docente no Pontifício Ateneu de Santo Anselmo e em Novembro de 2010 o Papa Bento XVI nomeou-o consultor da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.A Brigantia procurou entrar em contacto com o novo bispo, mas até o momento ainda não foi possível. À Agência Ecclesia, José Manuel Cordeiro disse que tenciona “levar uma mensagem de esperança à diocese do Nordeste Transmontano”, vendo este regresso à região “num misto de temor e tremor, esperança e confiança”.
Considera que “é uma grande mudança” e acrescenta que “o facto de ser o mais novo bispo é um acto de confiança e também de coragem do Santo Padre”.

Autarquia de Macedo promove cinco noites de observação astronómica

Por: Sara Geraldes
Durante esta semana a autarquia de Macedo de Cavaleiros promove a iniciativa Astronomia no Verão - “ Vale a pena olhar o céu”, inserida no programa Ciência Viva.  Cinco noites dedicadas à observação astronómica em cinco locais diferentes do concelho. O formador, Rui Miranda explica em que consiste a actividade.
“É uma sessão de observação astronómica em que nós temos um telescópio que é propriedade da autarquia que vai a cinco locais onde vamos fazer observação e interpretação das observações… Há um monitor que faz o acompanhamento das sessões… Se o tempo o permitir, uma vez que tem estado um pouco nublado, irão ser observadas vários tipos de estrelas… O planeta Saturno também, com algumas das suas luas… Se as condições permitirem e mais lá para o final da noite pode-se ver também uma galáxia, que é a Andrómeda… Para além da observação que se faz com o telescópio e da interpretação que é dada pelo monitor vai ser também possível ver e observar o céu e falar sobre o céu a olho nu: as estrelas, as constelações, a orientação…”.
Há mais de 10 anos a participar nesta iniciativa, Rui Miranda refere que a participação da população tem vindo a aumentar, embora haja pessoas que esperavam observar outro tipo de realidades.
“Há uns anos atrás simplesmente faziam-se uns anúncios a aparecia-mos nas aldeias e a adesão era fraca. A partir do momento em que se começou a pedir aos párocos que avisassem na missa dominical anterior, a adesão começou a ser muito maior. Há dois tipos de público que vai às sessões de astronomia. Uma parte das pessoas noto que fica um pouco defraudada com as expectativas que tem porque se calhar está à espera de olhar para o telescópio e ver umas coisas enormes, brilhantes… E não é isso…”.
O formador explica que “uma estrela não deixa de ser um ponto”.
“Uma estrela não deixa de ser um ponto, uma nebulosa é uma ténue mancha difusa… Se calhar as pessoas estão à espera de ver coisas fantásticas e acabam por desistir… Mas há sempre público que fica, gosta e quer mais… e que se entusiasma… há esses dois tipos de público…”.
Rui Miranda refere ainda que há muita coisa para observar a olho nu.
“Grande parte das coisas são visíveis a olho nu. Não é com um telescópio que nós vemos um meteorito, por exemplo, que é um fenómeno interessante que fascina a toda a gente que diz ’vi ali uma estrela cadente’… A Via Láctea, aquela mancha que também se chama Estrada de Santiago é visível a olho nu, com telescópio vêem-se pormenores da Via Láctea”.
Cinco noites de observação astronómica, a partir das 21.30. A iniciativa “Vale a pena olhar o céu” decorreu ontem em Vale Pradinhos. Hoje é a vez de Bagueixe, amanhã Bornes, quinta-feira Castelãos e na sexta-feira pode observar as estrelas na Albufeira do Azibo.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tradição da "Ceifa, Transporte e Malha dos Cereais" recriada em Morais este fim-de-semana

Por: Sara Geraldes
“A ceifa, o Transporte e a Malha dos Cereais” é uma tradição recuperada na aldeia de Morais, em Macedo de Cavaleiros. Pelo sexto ano consecutivo, a AMMOR, Associação de Melhoramentos e Amigos de Morais e a autarquia local organizaram a iniciativa que começou no sábado à noite com um arraial popular. Ontem bem cedo, pelas sete da manhã começou o trabalho no campo.
É ao som de cantigas populares que se ceifa, transporta e malha o trigo. Uma rotina que não é assim tão distante para grande parte dos habitantes da aldeia de Morais. Agora a tradição é recordada pelo sexto ano consecutivo, Angelina Alves conta como se fazia na sua mocidade.
“ Era com um trilho, de volta com vacas. A gente estendia o pão numa roda e as vacas andavam de volta e andávamos em cima de um objecto que lha chamavam o trilho. E andávamos de volta, depois virava-se… E era assim que se malhava o pão… Quando eu tinha por volta de 15 anos é que apareceram as máquinas esbulhadoras, como nós lhe chamávamos…”.
Um tempo muito diferente do que se vive agora. Angelina Alves considera importante mostrar estas tradições às gerações mais novas.
“Estou a gostar. Gosto muito do tempo antigo. As tradições não se deviam deixar acabar… Para que estas pessoas novas saibam pôr o valor aos trabalhos dos pais e dos avós, eles não sabem… Às vezes eu conto aos meus filhos: ‘A vossa avó era assim, andava com as ovelhas…andava-se a cegar… e de madrugada iam a apanhar os molhos…’. E os meus filhos perguntam-me: ‘Oh mãe, então era uma vida tão escrava?Era meu filho, era uma vida dura, vós hoje não conheceis o que é trabalho…”.
Quem se lembra bem desta rotina é Domingos Alves que se encontra a malhar o trigo e nos conta como se chama o utensílio de madeira que tem na mão.
“É o malho, para malhar o centeio, para fazer a ‘bancelha’ para atar o trigo… É uma tradição antiga dos velhos…Usou-se sempre esta tradição, até hoje… Há cinco anos que fazem esta brincadeira e é bem recordar o passado…”.
A gastronomia não ficou de parte neste evento que contou com almoço no campo pelas 9 da manhã e merenda na eira, depois da malha.
“Dantes era o mata-bicho, ia-se para a terra a ceifar…Dali a pouco tempo era o almoço, como foi hoje recordada a tradição, depois juntava-se o pão, fazia-se o ‘murrenal’, depois haviam os animais que o apanhavam com os carros a chiar… Depois da ‘carreja’, fazia-se a meda na eira, da eira ia para a malhadeira, da malhadeira ficava em palha que depois ia para o palheiro…”.
O grupo “Toca a Bombar” das Arcas e o Grupo de Cantares de Castelãos proporcionaram também animação às dezenas de visitantes que passaram ontem por Morais.
Mário Teles presidente da Junta de Freguesia de Morais conta que este evento surgiu depois de ter adquirido uma máquina dos anos 80 usada na malha do cereal da aldeia.
“Tudo começou por adquirir a máquina de fazer a malha. Depois de termos adquirido a máquina, tínhamos que ir a buscar o que vem atrás: a ceifa, o transporte e a malha na parte final…”.
O presidente revela que adesão tem sido um sucesso, por isso é uma iniciativa para continuar.
“No primeiro ano as pessoas aderiram muito facilmente. É o sexto ano consecutivo que fazemos e, como viu as pessoas da terra estavam e continuam a estar… Eu não tenho dúvidas que isto vai continuar, não tenho dúvida nenhuma…”.
Também o presidente da autarquia de Macedo de Cavaleiros esteve presente nas malhas. Beraldino Pinto salientou a importância do envolvimento da população de Morais, referindo que este é um evento que atrai cada vez mais visitantes.
“Eu penso que está na mesma linha do que era feito antigamente… A forma como a população se empenha por mostrar como se fazia genuinamente, como se trajam as mulheres e os homens para mostrar como era…Esse empenhamento mostra, de facto, que a alegria de partilhar se mantém e a alegria da colheita veio até este momento”.
Pelo sexto ano consecutivo, a aldeia de Morais recriou a tradição da “Ceifa, Transporte e Malha dos Cereais”.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Reberdegar é o novo trabalho dos La Çaramontaina

Por: CIR
Reberdegar é o título do novo trabalho do grupo mirandês La Çaramontaina. Um grupo de Fonte da Aldeia que pretende divulgar a cultura do planalto.



São 11 faixas de música tradicional mirandesa, que chegam domingo às lojas da rede Fnac.
Abílio Topa, um dos mentores do grupo, sublinha que é uma forma de regressar a outros tempos.

“É um disco com as faixas todas em Mirandês, do cancioneiro tradicional. Está baseado numa grande tradição que há em Fonte da Aldeia, que é a festa da Santíssima Trindade, em que as mocidades das outras aldeias podem fazer rondas à volta da capela. Foi baseado nesses cultos gentílicos que fizemos uma faixa para cada aldeia”, explica o músico.

Os versos originais são dedicados às mocidades das aldeias do planalto.

A sonoridade é construída à base de instrumentos diversos, desde a flauta transversal ao violino, à gaita-de-foles galega e às percussões tradicionais mirandesas.

“Encontramos uma forma musical um tanto ou quanto vanguardista, com instrumentos que não são propriamente da tradição mirandesa mas também encontramos faixas que são tocadas de forma ancestral.”

Todos os seis elementos dos La Çaramontaina são oriundos da região de Miranda do Douro.
Reberdegar chega domingo às lojas FNAC.

Investimento público para o interior

 Por: CIR

O interior do país precisa de mais investimento público para dar mais oportunidades de desenvolvimento a essas regiões.
Esta ideia de maior coesão territorial foi defendida por António José Seguro, esta quinta-feira, em Bragança.

“Eu quero um país mais desenvolvido, mais solidário, com mais coesão social e territorial” refere, acrescentando que “temos tido um desenvolvimento que não tem sido harmonioso pois o nosso país está inclinado para o litoral onde estão concentrados os investimentos públicos”.

José Seguro salienta que “o interior, muitas das vezes desertificado e despovoado, aquilo que precisa é de um pouco de investimento público para ter mais oportunidades de desenvolvimento para fixar as pessoas que aqui estão, em particular os jovens que são a garantia do futuro do país”.

Um dos candidatos a secretário-geral do Partido Socialista passou esta quinta-feira por Bragança, em campanha e recebeu um desafio do presidente da concelhia socialista.

“A concelhia de Bragança vai ter uma reunião geral de militantes no dia 19 de Setembro e vais ter de nos prometer que vens cá debater com os militantes porque eles querem ouvir-te e discutir contigo”, refere Vítor Prada Pereira.

Um desafio que foi de imediato aceite por José Seguro seja ou não eleito. “Cá estarei no dia 19 de Setembro haja o que houver” garante. “Eu espero merecer a vossa confiança e ser líder do Partido Socialista, mas os votos só no final é que se contam, mas fica a promessa da mesma forma” acrescenta. “Quer seja eleito ou não, no dia 19 de Setembro eu estarei em Bragança” assegura.

Quem está ao lado deste candidato é o presidente da federação distrital do PS.
Mas Mota Andrade salienta que é um apoio a título pessoal.

“O meu apoio é como um militante de base, de alguém que está no PS há mais de 20 anos e que tem a certeza que José Seguro é a solução para os graves problemas que o país atravessa” refere Mota Andrade salientando que “é o homem que o país precisa de ter à frente dos seus destinos, futuramente, até para que Bragança possa ter o crescimento e o desenvolvimento que merece”.

As eleições para a liderança do PS decorrem a 22 e 23 de Julho.
Os militantes do distrito de Bragança são chamados às urnas no primeiro dia.

Bombeiros de Macedo formam empresas para combate inicial a incêndios

Por: Miguel Midões

São cada vez mais as empresas que pretendem que os seus funcionários tenham formação sobre Prevenção e Combate a Incêndios.
Em Macedo de Cavaleiros, o corpo activo dos Bombeiros Voluntários dá este tipo de formações de segurança. Uma componente teórica acerca do tipo de incêndios, materiais combustíveis e de tipologia de extintores, que é sempre associada à prática, nomeadamente ao nível do manuseamento dos extintores. A Rádio Onda Livre acompanhou uma destas sessões.

“Pode puxar a cavilha, com força”
É por aqui que se começa, depois de verificada a tipologia do extintor e a sua adequação ao incêndio que temos pela frente.
Só de seguida se deve direccionar a acção do pó químico ou do CO2 para o foco de incêndio, sem nunca virar as costas ao mesmo. Não é difícil, mas requer destreza, até porque um extintor médio tem apenas cerca de 12 segundos de agente extintor.
Porque a melhor medida para combater um incêndio é sempre a prevenção, João Venceslau, comandante dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, sublinha que são cada vez mais as empresas que procuram os bombeiros para dar este tipo de formação aos seus funcionários.

“Em Macedo já começa a denotar-se que as empresas, não só porque a lei obriga, mas porque nunca se sabe quando é que o mal nos vai bater à porta. O incêndio é algo de violento, que coloca a nossa segurança em causa, mas também os nossos equipamentos”.

O comandante explica em que consiste esta formação e as vantagens em obtê-la.

“Consiste basicamente em dar conhecimentos a qualquer pessoa acerca da forma de utilizarmos o meio que temos ao nosso dispor, em diversos locais, ou seja, o extintor. Isto para uma fase inicial do incêndio, que é crucial para a extinção do mesmo”.

Basicamente, trata-se de uma formação que qualquer cidadão deveria ter.

“Defendemos que este tipo de formação deveria ser abrangente ao maior número possível de cidadãos, porque não sabemos quando somos nós os primeiros a detectar o início de um incêndio”.

Os primeiros a ver o incêndio devem ser os primeiros a actuar, na opinião do comandante dos bombeiros de Macedo, mas para isso é preciso que haja formação. Até porque, por muito rápida que seja, a deslocação dos bombeiros ao local leva sempre o seu tempo e a extinção de um fogo é sempre uma corrida contra este inimigo.

“A primeira intervenção deve ser feita por aqueles que assistem ao início e isso ajuda depois à nossa intervenção. Temos de entender que desde o alerta até ao chegar ao local demora tempo. Muitas vezes dizem que nós chegarmos atrasados, mas tomáramos nós conseguirmos estar no momento em que o incêndio começa. Por isso, achamos que todas as empresas, e até todos os cidadãos, deveriam ter estes conhecimentos”.

A maior parte dos estabelecimentos abertos ao público já cumpre a lei e tem planos de segurança e extintores presentes, mas poucos funcionários ou proprietários sabem manuseá-los.

Por isso mesmo, os bombeiros de Macedo dão formações sobre intervenção inicial perante incêndios. A formação pode decorrer na empresa que a solicita, caso haja condições, mas também nas instalações dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros, sendo que o corpo activo dá este tipo de formações em qualquer local do distrito de Bragança.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Paragem no Túnel do Marão preocupa deputados de Bragança

Por: CIR

A paragem nas obras do túnel do Marão pode vir a afectar também a Auto-estrada Transmontana. O receio é manifestado pelos deputados dos maiores partidos, eleitos para a Assembleia da República pelo distrito de Bragança.


Adão Silva e os restantes quatro deputados social-democratas dos di
stritos de Bragança e Vila Real enviaram mesmo ao Governo três perguntas sobre esta matéria.

“Entendemos que esta questão tem uma importância transcendental para a população transmontana e tudo tem de ser muito claro. A obra está parada e os prazos não deverão ser cumpridos. Por isso, temos de pedir esclarecimentos públicos ao Governo e pedir que intervenha, que seja diligente e que não deixe que estas situações caiam num impasse”, explica.

Num documento enviado ontem ao Governo, os deputados social-democratas pretendem saber quais as razões para a paragem das obras no túnel do Marão, decretada há duas semanas e pelo período de três meses, bem como se já decorreu alguma conversação entre o Governo e a concessionária, e o tempo provável para a suspensão da obra.

É que Adão Silva teme que haja uma contaminação da situação para as obras no distrito de Bragança.
“Tenho muito receio – e espero que tal não venha a acontecer – que haja uma contaminação para a Auto-estrada de Vila Real a Bragança e, já agora, na concessão do Douro Interior, IP2 e IC5.”

Da parte do PS, Mota Andrade lamenta esta suspensão das obras. Diz mesmo que está preocupado pela falta de justificação do Governo e acredita que o atraso será grande.

“Porque retomar uma obra daquela complexidade fará com que o prazo de conclusão da obra não seja de três meses mas perto de um ano. O que mais me preocupa é que a obra não arranque. E admira-me ainda não ter ouvido uma única palavra do Governo, do ministro da Economia e Obras Públicas sobre este assunto. Obviamente que é preocupante. Mas os transmontanos já estão habituados a que quando o PSD está no Governo não justifique as atitudes. E temo que venha a prejudicar a Auto-estrada transmontana, porque isto está tudo em rede”, diz. 

Mota Andrade usa mesmo de alguma ironia, dizendo que a culpa é do PS, “que começou estas obras pelas quais tantas pessoas do Nordeste Transmontano lutaram”.

Recorde-se que as obras no túnel do Marão foram interrompidas há 15 dias. O projecto já leva um atraso superior a oito meses.