Por: Miguel Midões
Duas dezenas de jovens estão a estagiar nos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros. Recebem formação na área dos primeiros socorros e de combate a incêndios.
No mínimo a formação é de um ano, uma vez que não é contínua.
Este número de jovens interessados em ingressar nos bombeiros é razoável, tendo em conta que alguns acabam por desistir pelo caminho.
O sonho de ser bombeiro é na maior parte das vezes incutido por um familiar. Os interessados continuam a chegar ao quartel dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros e, depois de um largo período de formação, em que são apelidados de estagiários, e caso não desistam, passam à categoria de bombeiro voluntário.
A formação é por isso ajustada à vida de estudante ou profissional dos jovens e à vida do quartel. E, porque há sempre imprevistos, os módulos da formação são repetidos com alguma frequência para que não fiquem lacunas, refere o comandante dos Bombeiros, João Venceslau.
“Há sempre imprevistos, há sempre algo que surgiu anormal… Por causa disso é que muitas vezes a formação é repetitiva… De forma que aquele que não esteve presente hoje ou amanhã já tivesse tido esta formação e que, ao mesmo tempo não ficasse menos formado”.
Neste momento há 23 jovens em formação nos Bombeiros de Macedo.
Os cursos não abrem todos os anos, por isso os jovens interessados acabam por ingressar no quartel para verificar a sua verdadeira aptidão até à abertura das formações.
A vida de bombeiro é dura e alguns acabam por deixar o sonho esmorecer.
“Eles vão-se adaptando e vão-se habituando, neste caso ao tipo de serviço que a gente executa. Claro, é algo de grave e de mau que temos que enfrentar diariamente e muitos deles têm alguma dificuldade em ultrapassar e acabam por desistir naturalmente… Aquele primeiro ano que eles andam aí é um ano de adaptação… Aqueles que acaba, por permanecer mais de uma ano, com mais maturidade, acabam por ser inseridos nestas escolas”.
É o caso de Catarina Broco. Veio para os bombeiros de Macedo há cerca de três anos para perder um medo que tinha, conseguiu e ficou.
“Eu vim para os bombeiros essencialmente para perder o medo a sangue. Eu sempre tive pavor a sangue e era capaz de desmaiar por ver mesmo que fosse só um gota… Então aconselharam-me a vir para cá, que perderia o medo porque tinha sempre aquela coisa de querer ajudar alguém…”.
Já Rui Pedro respondeu ao chamamento do tio, inicialmente a contragosto. Mas foi ficando e a vontade crescendo.
“Ao início foi insistência do meu tio, que é bombeiro da casa. E começou por insistir e eu dizia que não… Mas algo me fez mudar de ideias e ingressei há cerca de três anos na instituição e até agora estou a gostar imenso de cá estar”.
Emergência Hospitalar, combate a incêndios, entre outros aspectos são abordados ao longo de um ano na formação dos Bombeiros Voluntários de Macedo de Cavaleiros. Actualmente, o quartel tem 23 jovens em formação.
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