Por: Miguel Midões
O Centro Hospitalar do Nordeste prepara-se para dispensar cerca de 40 enfermeiros, vinte dos quais no Hospital de Macedo de Cavaleiros.
Os enfermeiros têm contrato a termo e serão dispensados assim que o mesmo terminar.
Antónia Alves, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses, considera que se trata de mais um atentado a esta classe profissional.
“É mais um atentado à nossa profissão e aos cuidados dos doentes do Nordeste. Se os enfermeiros têm estado a trabalhar até hoje é porque são necessários no atendimento aos utentes.”
A responsável pela delegação transmontana do SEF dá o exemplo de serviços que podem ficar comprometidos, como a unidade de convalescença e paliativos do Hospital de Macedo.
“São cerca de 40 e em Macedo são cerca de 20, nomeadamente na unidade de convalescença. O serviço pode estar a ser colocado em causa. Provavelmente terão de encerrar a unidade, ou pelo menos algumas camas da mesma”.
Sobre esta questão, Antonio Marçoa do Centro Hospitalar do Nordeste garantiu ao Correio da Manha que o serviço não encerra, porque haverá uma reestruturação interna, com a constituição da ULS (Unidade Local de Saúde). A fusão de hospitais e centros de saúde trará um excesso destes profissionais.
Antónia Alves garante que, com medidas como esta, quem vai sofrer será sempre o utente.
“Caso eles pretendam que venham enfermeiros dos CS (Centros de Saúde) para os hospitais, os CS ficam com um número reduzido de enfermeiros e quem volta a sofrer são os utentes. Essa administração nem sabe sequer se vai ficar ULS ou não e como vão ser reestruturados os CS para estarem a perspectivar uma coisa dessas”.
O Sindicato de Enfermeiros Portugueses espera que a ULS venha a ter outra administração e que a contratação dos enfermeiros que estão a ser dispensados volte a acontecer. Antónia Alves refere que são os enfermeiros com mais tempo de contrato e com mais experiencia que estão a ser dispensados.
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