Por: Miguel Midões
Uma alteração do número de freguesias feita com naturalidade.
É assim que o autarca de Macedo de Cavaleiros espera que aconteça a reorganização da administração local no seu concelho.
Beraldino Pinto não tenciona que haja uma imposição de agrupamento de freguesias, mas sim que isso aconteça por aproximação geográfica e cultural.
Segundo o documento Verde, que serve de base para a reorganização da administração local, o concelho de Macedo de Cavaleiros situa-se no nível 3 dos critérios de organização territorial, ou seja, nos municípios com menos de 100 habitantes por km2, podendo apenas ficar com uma freguesia na sede do município e precisa de um mínimo de 500 habitantes por freguesia. Torna-se evidente que as freguesias mais próximas da cidade de Macedo serão incorporadas nesta freguesia maior e as restantes terão de formar agrupamentos de freguesias. Das 38 actuais, apenas Morais está garantida por ter 655 habitantes.
Beraldino Pinto espera que haja envolvimento das populações, naturalidade e bom senso na construção do novo mapa das freguesias.
“É natural que venha a haver ajustamentos e o que é preciso é que as freguesias se envolvam, se faça a reflexão e que esses agrupamentos sejam feitos com naturalidade e bom senso, com eficiência na utilização de recursos, mas num ambiente social salutar e positivo”.
O autarca refere que é incontornável fazer esta reorganização, por isso já todos os autarcas de freguesia foram informados e é neles que reside a solução, não na Câmara Municipal.
“Agora é tempo de envolver as freguesias. Já todos foram municiados com esta documentação, a Assembleia Municipal irá organizar uma sessão dedicada a este tema. A Câmara Municipal está interessada, mas não quer elaborar um mapa e dizer que tem uma proposta, como não quer que seja isso que faça a administração central”.
Esta questão foi debatida na última reunião de câmara e Rui Vaz, da oposição, sugere que se crie uma comissão de análise.
“Em relação ao nosso concelho entendo que se deve constituir uma comissão de análise desta questão, tendo em conta que, o que está em causa, são questões sensíveis, que mexem com as populações, com a proximidade das mesmas. É uma matéria sensível e por isso gostávamos que fosse analisada de uma forma responsável.”
Executivo municipal e oposição a comungar da mesma opinião na reorganização da administração local. A bitola está nas mãos das freguesias actuais, que devem agrupar-se consoante as suas dinâmicas sociais, tendo em conta aspectos como a Educação, Saúde, Transportes, Cultura e aproximação geográfica.
Sem comentários:
Enviar um comentário