quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Produtores aproveitam para vender réstias de cebolas à borda da estrada


Feira das Cebolas de Chacim 2010
 Por: Miguel Midões

A venda à borda da estrada pode ser a solução para escoar alguns produtos locais.
Na freguesia dos Olmos, em Macedo de Cavaleiros, são já alguns os produtores que optam por esta táctica de venda.
Mas, a crise, até aqui tem estragado o negócio da cebola. São menos os que param e menos os que compram.

Há réstias penduradas um pouco por toda a parte. Desde em carros de mão, a troncos de madeira, mas muitas estão ainda espalhadas pelo chão do “baixo” onde se arrumam à espera que apareça quem compra.
Foi ano de cebola e Fernanda da Silva vende o cabo a 6€. O preço não é baixo, mas a cebola é de qualidade, assegura.
Em termos de vendas, o ano está fraco.

“Não temos outra vida… Tenho uma hortinha aqui à beira da estrada com nuitas cebolas… Viemos vendê-las para a gente se ir governando…”.

Nos Olmos há grande produção de cebolas, mas Fernanda da Silva não tira o mérito à freguesia vizinha de Chacim, onde diz que a produção é ainda maior.

“Aos de Chacim chamamos-lhe os “ceboleiros” porque fabricam muita cebola Aqui nuca se vendiam, só há 4 ou 5 anos é que começamos a vender cebolas. Era só para gasto em casa…”.

Quem pôs a cebola cedo teve mais sorte. Saiu de melhor qualidade.

“A nossa cebola não é da temporã, como a daquele senhor. A nossa é para todo o ano, nem espiga nem nada. Mas eu pu-la mais cedo e arranquei-a mais cedo. Esta cebola até é mais tardega”.

Há para todos os tamanhos, gostos e carteiras. Vendem-se à borda da estrada na freguesia dos Olmos. Cebolas de qualidade, que a crise não ajuda a vender.

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