Por: Miguel Midões
O Festival Internacional de Música Tradicional é uma troca de cultura musical entre os vários países representados no evento.
Este fim-de-semana, o Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros viu passar pelo palco grupos portugueses, espanhóis e venezuelanos. Uma troca de culturas, que pode resultar numa conjugação do merengue venezuelano com a gaita-de-foles.
“É maravilhoso poder escutar um merengue venezuelano acompanhado com um pandeiro brasileiro, que se adapta perfeitamente. Ou um canto margaritenho, acompanhado com um nudo africano. Enquadra-se muito bem. Quanto à gaita de foles de Miranda, já falámos com o Paulo e creio que no futuro também vamos fazer algo” - María Teresa Hernadez, dos Yarikuté.
A segunda noite do festival encerrou com Sebastião Antunes, o cantor português considera que este género de festivais veios ressuscitar uma cultura que estava esquecida.
“Acho que nesta altura, este movimento todo que se passa em Portugal, de muitos festivais, está a dar uma ajudinha a combater a crise, que nós não percebemos muito bem o que é. Estamos a reforçar a identidade cultural e a fazer com que as pessoas ganhem o hábito de ir a concertos e espectáculos, que era algo que estava anestesiado em Portugal”.
A XII edição do Festival de Música tradicional não esqueceu os grupos locais. Os Pândegos, da Freguesia das Arcas, estão a dar os primeiros passos e este festival foi mais uma oportunidade de promoção.
“A ideia de criar mais este grupo surgiu da necessidade de dar um cariz diferente aos Toc’a Bombar. Eu dava uns toques de acordeão e precisávamos de um reportório maior. Também tivemos o apoio da Câmara e do professor Luís Neves, que dá aulas gratuitas e nós enviámos para aqui alguns dos nossos jovens”.
O Centro Cultural de Macedo de Cavaleiros encheu para assistir aos dois dias do Festival Internacional de Música Tradicional. Além dos grupos de cartaz houve ainda a animação de rua de diversos grupos concelhios.
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