quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Mogadouro inaugura novo pólo escolar

Por: Miguel Midões

O secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social inaugurou esta quinta-feira de manhã (22 de Setembro) a Escola do 1º ciclo do Ensino básico e pré-primário de Mogadouro. Um centro escolar que reúne no mesmo espaço mais de 200 crianças e que nasceu mais pequeno do que era vontade da autarquia.


 
Boa organização espacial, qualidade sem luxo e conforto. Foram as palavras encontradas por Marco António Costa para classificar a estrutura que inaugurou na vila de Mogadouro.
Em época de contenção de despesa, o secretário de Estado da Solidariedade e Segurança Social lembrou o esforço da autarquia em rentabilizar ao máximo espaço e materiais.

“Congrega três questões que me parecem fundamentais. É um equipamento com boa organização espacial. Não me parece que tenha recorrido a materiais exageradamente caros, ou seja, tem qualidade sem ter luxo e é um equipamento que vai servir uma causa importante, que é o conforto das crianças deste concelho”.

O projecto inicial do município de Mogadouro previa a inclusão do 2º ciclo no mesmo espaço, mas a ideia foi chumbada pela DREN, o projecto revisto e a obra atrasada um ano. Fizeram-se obras na Secundária, com um orçamento de cerca de um milhão de euros, que Moraes Machado considera mal gastos.

“Quem constrói um pólo escolar na nossa terra para a pré-primária e para o 1º ciclo também constrói para o 2º ciclo. São tudo crianças e com a sociabilidade altamente intrujada. Ficava um estabelecimento de ensino muito mais fácil de administrar, de gerir, do que dois. Gastou-se dinheiro da infra-estrutura da secundária, que poderia ter sido gasto a investir em curso técnico-profissionais”.

No discurso inaugural do estabelecimento de ensino, Moraes Machado lembrou que a autarquia de Mogadouro é referenciada a nível nacional como um exemplo nas suas infra-estruturas ligadas à educação e na funcionalidade das AEC (Actividades Extra-curriculares), mas isso representa custos acrescidos ao município, como os professores contratados pela autarquia e o transporte das crianças. Confrontado com a situação o secretário de Estado apenas diz que também já foi autarca e reconhece os constrangimentos do poder local.

“Também fui autarca e conheço essa realidade. Ouvi atentamente o que foi dito sobre os quadros interactivos, os manuais escolares, etc. Acho que todos nós temos a consciência que a condicionante financeira não permite que alguém de nós fique de fora de um esforço de contenção”.

Com Marco António Costa, na inauguração da Escola do 1º ciclo e pré-escolar de Mogadouro esteve presente ainda o representante da DREN. Ambos levaram a preocupação de Moraes Machado em relação ao esvaziamento do território. Diz o autarca que, por muito que se continue a investir na educação, a câmara por si só não consegue travar o êxodo de jovens e a diminuição da população. Conta, por isso, que o governo também ajude a fazê-lo.

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