Por: Miguel Midões
A população de Vale Pradinhos, em Macedo de Cavaleiros, queixa-se ter sido burlada por um indivíduo na casa dos trinta anos, que andava a fazer um peditório para hospitais e centros de Saúde.
Maria Amélia tem 80 anos, foi uma das populares que acabou por contribuir com cinco euros e refere a forma como foi abordada.
“Dei-lhe cinco euros e só depois é que pensei no erro. Tenho duas entradas na casa e não sei como é que o homem me viu por trás da cortina. Quando me abordou disse que era para os médicos de cirurgia, que pedia uma ajuda para as cirurgias serem mais rápidas. Com aquela lengalenga ainda me deixou um papel”.
O papel em causa é do SIGIC (Sistema Integrado de Gestão de Inscritos para Cirurgia, tem o símbolo do ministério da Saúde, mas não tem qualquer menção ao peditório.
Maria Amélia diz que não foi a única a cair.
“Segundo me disseram houve outra senhora que lhe deu dez euros. Em Lisboa também se passam coisas idênticas, mas quem tem de dar o dinheiro é o Estado e não nós, por isso eu desconfiei.”
No café da aldeia de Vale Pradinhos não se fala noutra coisa, a não ser no peditório duvidoso.
“Estava aqui uma senhora à pouco e diz que também caiu com cinco euros. Não caiu com mais porque não calhou. Perguntei-lhe se lhe tinham passado um papel e ela disse que não” – Maria Reis
“Há pouco quando vim de Macedo é que me mostraram o papel. Também disse logo que isso devia ser mentira, devido àquilo que estava escrito no papel. Uma coisa simples, que existe no Centro de Saúde e que qualquer pessoa pode agarrar e trazer” - Carlos
E foi precisamente do Centro de Saúde de Macedo de Cavaleiros que partiu o alerta. Fonte do centro garante que não está a ser feito qualquer peditório para a instituição e que já não é a primeira vez, nem a primeira aldeia de Macedo onde se passa uma história do género.
Também a GNR já tomou conta da ocorrência.
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